Áreas de atuação
Transtorno Afetivo Bipolar
O transtorno afetivo bipolar caracteriza-se pelas oscilações no humor, em seus dois extremos: a mania e a depressão. A bipolaridade afeta a qualidade de vida daqueles que convivem com o transtorno e pode se tornar um fator incapacitante.
Há muitos estigmas que cercam o transtorno afetivo bipolar. Muitas vezes a desinformação somada aos tabus associados às psicopatologias contribuem para que a pessoa que sofre com o problema demore a procurar ajuda profissional e o tratamento adequado.
O que é Transtorno Afetivo Bipolar?
A bipolaridade não é uma simples mudança de temperamento que acontece no cotidiano. O transtorno afetivo bipolar é uma condição psiquiátrica marcada pelas oscilações extremas no humor entre dois pólos específicos, a mania (também conhecida como euforia) e a depressão.
As crises causadas pelo transtorno não tem frequência e nem duração exata, podendo acontecer a qualquer momento e se estenderem por dias ou até semanas.
O transtorno afetivo bipolar pode ser classificado em diversas categorias, sendo as principais:
- Transtorno Afetivo Bipolar I: no qual o indivíduo apresenta os sintomas dos episódios de maneira intensa. Em geral, o período de mania dura por aproximadamente 7 dias e é seguido por uma fase depressiva;
- Transtorno Afetivo Bipolar II: nesse caso, os sintomas aparecem de maneira comedida. O indivíduo pode apresentar fases depressivas e de hipomania, porém não de mania;
- Transtorno ciclotímico: consiste em um quadro mais leve do transtorno afetivo bipolar, no qual ocorrem oscilações crônicas de humor.
A condição não tem uma causa única e pode estar relacionada a fatores genéticos, biológicos ou psicodinâmicos. Situações traumáticas e o uso de certas substâncias, como medicamentos ou drogas ilícitas, podem ser desencadeadores ou agravantes do transtorno.
Quais são os
Sintomas?
Os sintomas da condição são variados, podendo ser tanto associados à mania quanto à depressão. Eles diferem de acordo com cada fase.
Em períodos de mania, é comum se sentir eufórico, energético, instável e se irritar facilmente, além de apresentar um comportamento agitado, pensamentos descontrolados e agir de forma impulsiva, nem sempre consciente de suas decisões.
Outros sinais que caracterizam a fase eufórica são a dificuldade de concentração, o nervosismo, falar mais do que o normal, autoconfiança exagerada, gastos exacerbados, além de hiperfixação em um tema ou conteúdo específico.
No caso da hipomania, os sintomas são similares aos da mania, porém menos intensos.
Já nos períodos depressivos, os sintomas são praticamente opostos: há o sentimento de tristeza constante, perda de interesse em atividades cotidianas e a falta de energia para realizar tarefas básicas.
Além disso, o comportamento pode se tornar mais lento. Em geral, o sono é afetado, acarretando na insônia ou em sonolência excessiva. O cansaço é evidente, além dos sentimentos de culpa e desvalorização constantes. Em situações mais graves, os pensamentos e tentativas de suicídio são recorrentes.
Quem sofre com o transtorno afetivo bipolar muitas vezes não consegue identificar que está entrando em uma fase específica. Nesse caso, é de extrema importância que os familiares e as pessoas próximas também saibam identificar os sintomas para auxiliarem o indivíduo da melhor forma.
Possíveis
Tratamentos
O transtorno afetivo bipolar não tem cura, porém há formas de controlar a condição. O tratamento pode ser feito através do uso de remédios antipsicóticos e antidepressivos. O psiquiatra também pode recomendar fármacos que atuam como estabilizadores de humor.
A eletroconvulsoterapia pode ser realizada para tratar casos mais extremos do transtorno. É indispensável que o paciente faça um acompanhamento regular com um psiquiatra, seguindo todas as indicações profissionais e evitando situações e substâncias que podem agravar ou desencadear uma crise.
Trata-se de um tratamento pela vida toda, porém de extrema importância para que o transtorno não se torne ainda mais incapacitante e descontrolado.
Conheça a
Dra. Débora Meira
A Dra. Débora Meira é nascida em Salvador e cursou medicina na primeira Faculdade de Medicina do Brasil: A Universidade Federal da Bahia.
Morou em São Paulo após sua formação, onde fez residência de Psiquiatria no Hospital do Servidor Estadual de São Paulo. Foi depois de anos de dedicação e aperfeiçoamento técnico que retornou para Salvador.
Ao longo dos anos aprendeu que a psiquiatria não se faz apenas através da soma de sinais e sintomas, mas que se trata de enxergar cada ser humano de forma profunda e ampla. Para a Dra., cada paciente é único e carrega consigo uma biografia particular. É preciso uma escuta atenciosa para compreender a singularidade de cada um.