Áreas de atuação

Transtorno de Personalidade

A nossa personalidade é o que nos difere dos outros e nos faz únicos. Consiste no nosso modo de pensar, nos comportar e também na nossa forma de expressão. A individualidade é influenciada por diversos fatores, como o contexto, o ambiente e as experiências que cada um vivencia.


No entanto, a personalidade é diferente de um estilo ou de uma opinião. Apesar dela sofrer pequenas alterações ao longo do tempo, trata-se de um conjunto de características psicológicas, que são constantes e permanentes.


Por isso, um transtorno de personalidade acaba afetando a vida do indivíduo de diversas formas, tanto na questão psíquica, quanto social e afetiva.

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O que é Transtorno de Personalidade?


O Transtorno de Personalidade consiste em um modo de pensar, sentir e se comportar que desvia das normas e expectativas sociais e culturais. A condição é marcada por hábitos e padrões comportamentais permanentes, que afetam a qualidade de vida do indivíduo e de pessoas de seu convívio.


Há 10 tipos principais de transtorno de personalidade, divididos em 3 grupos centrais. Veja quais são as características predominantes de cada um:

  • Grupo 1: Estranheza ou excentrismo
  • Paranoide: o indivíduo tende a enxergar as pessoas como uma ameaça e suspeita que todos podem lhe prejudicar;
  • Esquizóide: caracteriza-se pela falta de relação de proximidade com outras pessoas. Em geral, os indivíduos que sofrem com esse transtorno de personalidade expressam pouca emoção, tendem a se isolar e não se afetam com a opinião alheia;
  • Esquizotípico: há o desconforto com relações mais próximas, além dos pensamentos distorcidos e um comportamento excêntrico. 

  • Grupo 2: Emocional ou errático
  • Antissocial: nesse transtorno os indivíduos raramente demonstram empatia para com os outros. Geralmente, não estão em conformidade com as normas e convenções sociais. Além disso, é comum que tenham um comportamento manipulador;
  • Borderline: caracteriza-se por hábitos instáveis se tratando de relações interpessoais. Os pacientes que sofrem com essa condição tendem a ter emoções intensas, baixa autoestima, além de serem impulsivos;
  • Histriônico: consiste na exacerbação dramática e na necessidade de ter sempre a atenção para si mesmo;
  • Narcisista: Uma pessoa com essa condição tende a se achar superior aos outros e precisa de constante admiração. Esses indivíduos não sentem empatia pelos outros e sempre buscam formas de obterem vantagem.

  • Grupo 3: comportamento ansioso e apreensivo
  • Esquivo: é caracterizado pela timidez extrema e pelo sentimento de inadequação. Os indivíduos que sofrem com o transtorno não conseguem lidar bem com críticas e tendem a evitar qualquer situação que possa sair do seu controle;
  • Dependente: consiste na necessidade constante de ser cuidado. É possível observar um comportamento carente e submisso. O indivíduo depende da aprovação dos outros e tem extrema dificuldade em tomar decisões sozinho;
  • Obsessivo-compulsivo: trata-se da preocupação extrema com a ordem, o controle e o perfeccionismo. Porém, é diferente do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

Quais são os

Sintomas?


O transtorno de personalidade não tem sintomas definidos e eles diferem de acordo com cada tipo. Por exemplo, a principal característica de alguns distúrbios é o isolamento, enquanto em outros há a necessidade constante da aprovação e dependência alheia.


No entanto, se o indivíduo tem dificuldade em manter relações interpessoais, de conviver em sociedade ou tem problemas com a autoidentidade, é preciso atenção. Na maioria dos transtornos de personalidade é possível notar um padrão de comportamento inflexível e traços de individualidade peculiares, além de condutas e pensamentos desajustados.

Possíveis

Tratamentos


A maioria dos transtornos não tem cura, mas podem ser controlados para que o indivíduo consiga conviver normalmente em sociedade. O primeiro passo é procurar ajuda especializada a fim de obter um diagnóstico claro sobre a condição.


As sessões de psicoterapia, tanto individuais quanto em grupo, ajudam o indivíduo a compreender melhor o seu transtorno e saber o que fazer para evitar episódios graves.


Alguns sintomas podem ser tratados a partir do uso de psicofármacos, como estabilizadores de humor e antidepressivos. Porém, a medicação deverá ser prescrita por um psiquiatra após análise das necessidades de cada paciente.


Mudanças no estilo de vida, como ter uma rotina mais tranquila e evitar o uso de substâncias como o álcool e drogas ilícitas, também auxiliam no controle do transtorno. Além disso, os acompanhamentos psiquiátricos e psicológicos são de extrema importância.

Dra. Debora Meira

Conheça a

Dra. Débora Meira


A Dra. Débora Meira é nascida em Salvador e cursou medicina na primeira Faculdade de Medicina do Brasil: A Universidade Federal da Bahia. 


Morou em São Paulo após sua formação, onde fez residência de Psiquiatria no Hospital do Servidor Estadual de São Paulo. Foi depois de anos de dedicação e aperfeiçoamento técnico que retornou para Salvador.


Ao longo dos anos aprendeu que a psiquiatria não se faz apenas através da soma de sinais e sintomas, mas que se trata de enxergar cada ser humano de forma profunda e ampla. Para a Dra., cada paciente é único e carrega consigo uma biografia particular. É preciso uma escuta atenciosa para compreender a singularidade de cada um.

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